Anthony Dwayne McRae: O que sabemos sobre o suposto atirador da Michigan State University

O suposto atirador acusado de matar três e ferir cinco na Michigan State University (MSU) foi identificado como Anthony McRae, de 43 anos.

O atirador abriu fogo na noite de segunda-feira em um prédio de ciências sociais e em uma instalação do sindicato estudantil, provocando pânico e caos quando os alunos evacuaram o local.

McRae foi apontado como o atirador na manhã de terça-feira. Ele morreu de um ferimento de bala aparentemente autoinfligido quando a polícia o cercou.

Motivo obscuro

As autoridades disseram anteriormente que o suspeito não tinha afiliação conhecida com a universidade e que o motivo do tiroteio não estava claro.

Os primeiros tiros foram disparados no Berkey Hall às 20h18 no lado norte do campus, antes que outros tiros fossem ouvidos no Snyder-Phillips Hall, a cerca de 650 metros de distância.

Por volta das 20h30, os alunos receberam um alerta de mensagem de texto dizendo-lhes para se abrigar “no local imediatamente” e “correr, se esconder, lutar” nessa ordem.

A polícia e veículos de emergência rapidamente invadiram a área. A polícia da MSU disse que, às 21h34, o centro esportivo IM East estava sendo protegido e às 22h10, Berkey Hall, Snyder-Phillips Hall e outras áreas próximas foram protegidos.

O vice-chefe de polícia interino da MSU, Chris Rozman, disse em entrevista coletiva que, até onde ele sabe, a escola não havia recebido ameaças nos dias anteriores.

Suspeito vivo e contatado pela polícia antes de se matar

O suspeito estava vivo e foi contatado pela polícia antes de atirar em si mesmo, disse a polícia. As autoridades continuam a investigar diferentes áreas para descobrir mais sobre o suspeito.

Enquanto isso, todas as cinco vítimas internadas no Hospital Sparrow estão em estado crítico, disse a polícia da MSU em uma atualização no Twitter.

‘Um problema exclusivamente americano’

A governadora recentemente reeleita de Michigan, Gretchen Whitmer, disse que foi informada sobre o tiroteio e que a força policial do estado ajudaria a MSU.

Ela disse que a violência armada era “um problema exclusivamente americano” e disse que as coisas “não precisam ser assim”.

“Certos lugares devem ser sobre comunidade, aprendizado ou alegria – escolas primárias e campi universitários, cinemas e salões de dança, mercearias e locais de trabalho”, disse Whitmer em um comunicado.

“Eles não devem ser locais de derramamento de sangue. Este é um problema exclusivamente americano. Muitos de nós examinamos as salas em busca de saídas quando entramos nelas. Planejamos para quem seria o último texto ou ligação. Não devemos, não podemos aceitar viver assim”.

Denúncia de quem ligou levou polícia a atirador

A polícia disse durante uma coletiva de imprensa na terça-feira que uma dica de uma pessoa que ligou levou a polícia ao atirador. A polícia disse que não estabeleceu um possível motivo, dizendo que não sabe por que ele realizou o tiroteio.

“Não temos absolutamente nenhuma ideia de qual era o motivo neste momento”, disse o chefe Rozman, acrescentando que esse seria o foco da investigação.

McRae usava calças escuras, sapatos vermelhos e uma jaqueta jeans no momento do tiroteio. Grandes partes de seu rosto estavam protegidas, ele tinha roupas puxadas sobre a boca e um boné de beisebol cobrindo parte do resto do rosto.

O vice-chefe de polícia interino, Chris Rozman, disse durante uma coletiva de imprensa na manhã de terça-feira que todos os três mortos eram alunos da escola. Ele observou que pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas em Berkey Hall.

Mandado de busca cumprido, nota encontrada

A polícia disse na terça-feira que um mandado de busca foi realizado em uma residência ligada ao suspeito.

Na manhã de terça-feira, relatos afirmavam que um bilhete foi encontrado com o corpo de McRae depois que ele se matou. A nota supostamente indicava ameaças a duas escolas de Nova Jersey.

Conhecido por disparar armas na propriedade do pai

Enquanto isso, descobriu-se que McRae morava com o pai, tinha condenações por armas de fogo e era conhecido por disparar contra a propriedade, segundo vizinhos.

Megan Bender, que mora na mesma rua que McRae e seu pai, Michael, em Lansing – a pouco mais de oito quilômetros do campus da MSU – disseNotícias de Detroit que o suspeito atiraria pela porta dos fundos da casa, ela acreditava na prática de tiro ao alvo, e a polícia já havia sido chamada para o endereço.

Michael McCrae, um conhecido scrapper no bairro, “nunca fez mal a ninguém”, disse Bender à agência. “Ele é apenas um velho, cuida da vida dele.”

Cobranças anteriores

Anthony McRae foi acusado em 2019 de portar uma pistola escondida sem licença, crime e posse de arma de fogo carregada em um veículo, uma contravenção, de acordo com registros obtidos por Notícias de Detroit. Ele se declarou culpado da segunda acusação, o crime foi arquivado e ele foi condenado à liberdade condicional, que terminou em maio de 2021.

Segundo os registros, o suspeito também listou endereços em Bear, Delaware – a mesma cidade natal de Barry Croft, 47, que foi condenado em dezembro pelo complô para sequestrar o governador de Michigan.

Pai revela comportamento ‘malvado’ e recluso após a morte da mãe

McRae tornou-se “malvado” e passou a maior parte do tempo em seu quarto após a morte de sua mãe há dois anos, disse seu pai O Independente.

Seu pai, Michael McRae, 67, compartilhou seu choque com o tiroteio na terça-feira.

McRae disse que não sabia que seu filho tinha armas em casa e disse ao homem de 43 anos para se livrar de todas as armas depois que Anthony foi acusado em 2019 de portar uma pistola escondida sem permissão e posse de uma arma carregada. arma de fogo em um veículo. Ele se defendeu da segunda acusação, uma contravenção, e recebeu liberdade condicional que terminou em 2021.

“Não permito armas em minha casa”, disse McRae. “Eu não acredito nisso. Peguei minha Bíblia. Eu não sabia o que ele estava fazendo e o que ele estava pensando em fazer.”

‘Anthony nunca superou seu luto’

McRae disse que seu filho teve vários bons empregos, incluindo sete anos em um depósito, e era extremamente próximo de sua mãe, Linda, que faleceu em 2020 de um derrame. Ela foi casada por 45 anos com o Sr. McRae, que trabalhou para a General Motors por três décadas.

“Anthony nunca superou seu luto”, disse McRae.

“Ele estava começando a ficar mau, como se estivesse se colocando em seu próprio mundo protegido”, disse ele, acrescentando que estava preocupado com seu filho e perguntou repetidamente se ele precisava de ajuda, apenas para ser informado ao homem de 43 anos. estava bem.

Ele disse que disse ao filho: “Você tem um problema de atitude – o que está acontecendo com você? Você precisa de ajuda?”

A resposta, ele disse, foi: “Estou bem, pai”.

Ele disse que Anthony não trabalhava há cerca de seis meses e disse ao filho que o levaria para se registrar por invalidez e vale-refeição. McRae o incentivou a “fazer um check-up, deixe-os verificar se você está estressado demais”.

Em vez disso, seu filho se trancou em seu quarto.

“Quando ele está em seu quarto, eu não entro lá, porque ele não me deixa entrar de qualquer maneira”, disse ele O Independente, ainda falando do filho no tempo presente. Anthony supostamente apontou a arma para si mesmo depois de matar três e ferir cinco durante um ataque armado na Michigan State University.

‘Estou pensando, ‘Oh não, não é outro”

Seu pai disse que não sabia de nenhum problema que o suspeito pudesse ter com a MSU ou qualquer outra pessoa. O velho McRae estava ouvindo música em casa em seu rádio quando um boletim de notícias apareceu sobre o tiroteio em massa.

“Estou pensando: ‘Ah, não, não é outro. Oh meu Deus, não há outro’”, disse ele, sem nunca informar o incidente com seu filho.

Então ele recebeu um telefonema.

“Meu vizinho me ligou e disse: ‘Michael?’ Eu disse sim.’ ‘Seu filho foi morto’”, disse ele. “Eu disse: ‘Espere um minuto – do que você está falando?’”

Ordenado a sair com as mãos para cima

Não demorou muito para que outro vizinho ligasse para informá-lo de que a rua estava repleta de veículos da polícia e luzes piscando. Logo depois, os policiais ordenaram que o Sr. McRae saísse com as mãos para cima.

“Estou chocado que isso tenha acontecido”, disse ele O Independente, acrescentando: “Sinto que estou sonhando. Não me parece real.”

Ele disse que não sabia de relatos de que Anthony havia sido encontrado com bilhetes ameaçando ataques a duas escolas de Nova Jersey. Ele disse que a família morava no estado, no entanto, quando ele trabalhava para a GM em Trenton, mas não se lembra de nenhum problema que Anthony possa ter tido. Linda Gail McRae, de acordo com seu obituário, também nasceu e foi criada em Trenton.

Abordando a praga dos tiroteios em massa nos Estados Unidos, McRae culpou “o que está acontecendo agora com os videogames e o telefone… é por isso que eles fazem coisas malucas, porque estão jogando videogames. Todo o jogo que você tem é atirar e matar, atirar e matar.

Ainda em estado de choque e apoiado por seus familiares, McRae estava tentando na terça-feira aceitar o que estava sendo dito sobre seu filho.

“Lamento muito que isso tenha acontecido”, disse ele, estendendo suas condolências às vítimas e suas famílias. “Deus os abençoe e… perdoe meu filho pelo que ele fez.”

Pai de suspeito diz que filho ficou ‘com raiva do mal’ após morte da mãe

McRae ficou zangado e amargo após a morte de sua mãe, Linda, em 2020, devido a um derrame, disse seu pai.

McRae disse que seu filho ficou isolado após a morte de sua mãe.

“Desde que minha esposa morreu, meu filho começou a mudar”, disse McRae à CNN na terça-feira. “Ele estava ficando cada vez mais amargo. Irritado e amargo. Tão zangado. Mal com raiva … Ele começou a realmente se deixar levar. Seus dentes estavam caindo. Ele parou de cortar o cabelo. Ele parecia um homem lobo.

O suspeito, de 43 anos, morava com o pai em uma pequena casa na capital do estado de Michigan, Lansing. McRae disse que seu filho estava lutando para manter um emprego e estava desempregado, mas acrescentou que trabalhava em um depósito há sete anos colocando refrigeradores em caminhões.

McRae disse que 30 policiais chegaram à sua residência e revistaram o quarto de seu filho após o tiroteio na noite de segunda-feira.

McRae disse que seu filho “estava perdido, totalmente perdido”, após o falecimento de sua mãe.

“Ele não se importava mais com nada. E ele não falava comigo nem com ninguém”, acrescentou. Ele disse que seu filho ficava em seu quarto por longos períodos de tempo jogando videogame.

“Ele só saía para ir à cozinha ou ao banheiro, depois voltava para dentro”, disse o pai à CNN.

Ele disse que seu filho recusou quando sugeriu que o suspeito fosse a um médico.

“Ele ficava bravo se eu tentava ajudá-lo”, disse o pai à rede. “Eu estava tentando ajudá-lo. Ele fecharia a porta. Ele ficava muito em seu quarto.

“Eu não queria criar problemas, ele ficaria bravo comigo”, disse ele.

McRae disse que seu filho tinha uma arma há alguns anos, mas que a polícia a havia levado embora.

De acordo com os registros legais, o suspeito se declarou culpado de uma violação de armas de fogo em 2019. McRae disse que acha que seu filho conseguiu outra arma, mas que a tinha em seu quarto e negou a seu pai que tivesse uma arma de fogo.

O pai disse que o humor do filho mudaria rapidamente.

“Não sei o que aconteceu para fazê-lo virar assim”, disse ele.

“Ele me trataria como se eu fosse invisível. Eu perguntava: ‘por que você está me tratando assim? O que eu fiz?’”, acrescentou.

Irmã fala: ‘Sinto muito’

A irmã do suspeito de 43 anos se pronunciou após o tiroteio, dizendo à CNN que está “chocada” com o que aconteceu e que “não tem ideia” sobre o possível motivo.

Melinda McRae disse que cresceu em um lar amoroso ao lado de seu irmão. Mas, como seu pai, ela disse à rede que ele estava isolado enquanto ficava em um quarto na casa de seu pai.

Ms McRae disse que muitas vezes brigou com seus pais, e muitas vezes ficou irado com sua mãe.

Quando ela morreu em 2020 após um derrame, ele foi gravemente afetado pelo falecimento, compartilhando profunda tristeza.

Ela disse à CNN que a última vez que o viu foi no funeral de sua mãe. Ela acrescentou que às vezes ele deixava a cidade e não conseguia manter um emprego. O pai do suspeito expressou questões semelhantes ao veículo.

Ela disse que ele iria para várias “cidades e apenas (moraria) em um abrigo”.

“Sinto muito pelas pessoas inocentes que foram mortas”, disse ela à rede.